terça-feira, 19 de agosto de 2014

Farrapo Humano

Nas longínquas cidades de além-mar...
Tanto como nas frias e estreitas vielas
Carrega o alguidar... Ou seria o celular...

Em direção as profundezas do inconsciente
Um turbilhão faz o corpo esgarçar
A mente solapar...

Tudo cai em lamentações
Algum destino perdido...
Uma energia caminha em alguma direção

Somos sozinhos...
Em nossos destinos
Caminhos... Caminhos...

Se gasta até a ultima gota dos prantos
De nossa roupa que virou estopa
Nada mais é pano, muito menos carne

Somos mundanos?
Somos oceano?
Ou farrapo humano.

(André Miranda)





sexta-feira, 6 de junho de 2014

Apenas um Sonho

Sonhei que me amavas,
Sorria-me na noite vazia.

A luz fenecia,
As estrelas luziam.

A chuva caia,
Na solidão que me ardia.

Até que acordei
No barulho da sentina.

(André Miranda)


sábado, 9 de março de 2013

Puta Vida

Nem toda puta é depravada
Nem toda dama é recatada
Nem toda criança é inocente
Ou todo homem é decente

Nem todo esmoler é vagabundo
Mas todo vagabundo é vaidoso
Nem todo preguiçoso é indolente
Mas todo indolente é preguiçoso

Nem tudo é o que parece!

Minha mente esta colapsada
Minha vida esmiuçada
Meu coração esmigalhado

A vida termina no exato momento...

Da hipocrisia da sua prece!

(André Miranda)



domingo, 13 de janeiro de 2013

Plutão

Este ano vou começar meus escritos falando de morte, que para muitos pode parecer um tema pouco apropriado a um inicio de ano, mas... Devemos lembrar que a vida não existiria sem ela, e que... Esta mesma vida não se renovaria sem ela. Isto me faz lembrar o primeiro escrito que fiz para este blog onde afirmo que Deus é a escuridão e continuo achando a mesma coisa dois anos depois, você ainda não reparou que a escuridão existe sem a luz, mas a luz não existe sem a escuridão que em minha opinião é o grande pano de fundo do universo, é como uma Gestalt, a luz é uma parte, a escuridão é o todo, ela é maior que a soma das partes. Continuando o assunto... A morte seria a escuridão ou Deus, como você preferir, e a luz a vida que pulsa na imensa escuridão do universo num ir e vir infinito.
Este ano foi de muitas mortes para mim... O que mostra que esta por vir uma grande renovação de vida...  porque após a morte e que se iniciam novos ciclos, e, provavelmente o meu ultimo grande ciclo... É estou me aproximando dos cinquentinha então sendo “hipermultitanstatiotimista” estou no meio da minha vida... Afinal existem arquitetos que vivem ate os cento e quatro anos, porque não eu! Acredito que a vida tem dois grandes ciclos com ciclos menores no meio então...
Há um momento no tempo em que é preciso escolher, ou você fica satisfeito com o que tem ou corre atrás dos seus sonhos, escolha um dos caminhos e seja feliz, pois qualquer um deles terá um preço... Não me pergunte por que... A vida funciona assim!
Explicando o titulo do meu texto... Nos últimos dois anos tenho me dedicado ao estudo da astrologia e para esta mesma astrologia Plutão é um dos planetas que são chamados de deuses da mudança e não por acaso Plutão esta passando em meu mapa na  cúspide da casa seis para a casa sete e há algum tempo esta  levando todas as coisas que não servirão mais para meu novo ciclo de vida... Adeus para quem fica e boas vindas para os que estão chegando...


(André Miranda)


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sete de Espadas

Sempre fez o que quis
Riscou com giz a ponta do nariz

Sujou a cadeira de anis
Que até ficou azul
O alvado do seu juiz

Beliscou por que quis
Uma banda da bunda
Da esposa do Aramis

Quase! Por um triz!
Perdeu o rebolado
E apanhou do marido da meretriz

Com calor entrou no chafariz
Afinal! Obedecer a regras para que?
Elas são feitas por meia dúzia de imbecis!

Bom malandro não estrila
E ele não esqueceu
Que regras também são sutis

Então mandou com classe e verniz
Uma banana e meia para esta sociedade infeliz.

(André Miranda)


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dama de Espadas

Borboletas em bando vadiam pela noite
Autorizadas pelos seus amores

Libertas, atrás do mel em pica flor
Charmosas e incandescentes falenas

Em seus pés direitos penduricalhos tilintando
Olhares de inveja e ódio,excitação ressoando

Tatuagens em dama de espadas
Borboletas,pimentas malagueta

Maçãs mordidas!
Todas penduradas em correntinhas...

Um pingente Slut Wife.

(André Miranda)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sentidos

Voláteis desejos
Intermitentes lampejos

Saborosos os beijos
Arrepiantes os pelos

Suor escorrendo
Tão fundo e fagueiro

Tremulo se acaba
Sentidos e cheiros

Penetra o ventre
Como a vazante do Tejo

Deságua oceânico...

Candido liquido
Doce e azedo

(André Miranda)